terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em busca do propósito

Quando eu tinha 17 anos, me sentia a pessoa mais livre do mundo por poder escolher o que eu faria do resto da minha vida. No ano seguinte eu poderia fazer faculdade de medicina ou música, engenharia ou letras, e isso mudaria tudo que viria em seguida. Eu adorava este poder sobre a minha história futura.
Então eu escolhi jornalismo, arranjei emprego, outro e mais outro e estabeleci meu rumo. Mas não consigo crer que estou presa por isso.
Acredito muito na consideração do Sartre de que "o homem está condenado a ser livre" (aliás essa frase daria uma ótima tatuagem, em francês né?). A vida é feita de milhões de escolhas e a todo momento tenho a oportunidade de mudar tudo. Mas como ele diz, isso é uma sina, pois somos pressionados a escolher. E como diria a letra do Rush, "If you choose not to decide, you still have made a choice".
Mas por que eu mudaria alguma coisa? Tenho a vida que sempre sonhei, vivo com o homem que amo em uma casa ótima, tenho dois cachorros apaixonantes, continuo dançando flamenco, tenho saúde, família, dinheiro suficiente para atender minhas vontades... A questão é que também acredito em outra teoria do Sartre (sim, voltei a ler filosofia): o homem é o que ele faz de si mesmo. E eu acho que posso fazer muito mais. Só tenho que escolher o que.

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